Mas o subsolo não se vê

Esta fotografia foi cedida pela Mossy Earth, que de vez em quando tem estado a fazer videos e fotografias de propriedades geridas pela Montis, com um drone.
Do lado esquerdo, a meio, está um dos carvalhais da Montis, que termina no vale por onde o vento terá sido canalizado, e a grande intensidade do fogo é bem visível.
Ainda assim, a fotografia é relativamente enganadora porque o terreno não está limpo, está cheio de troncos em pé, não sabemos de vivos ou mortos (veremos na Primavera), mas a cada um desses troncos corresponde uma raiz que, muito provavelmente, está viva e vai reagir.
Esta segunda perspectiva ligeiramente diferente, permite perceber que o efeito do fogo não é uniforme e, à escala da paisagem (neste caso, não à escala da propriedade da Montis) há um mosaico de diferentes situações, que será importante na recuperação (neste caso, no lado direito, o efeito conjugado de uma diferença de combustível e de posição em relação ao vento, terá permitido a manutenção de uma ilha, essencialmente um lameiro, com a bordadura bem menos afectada pela intensidade do fogo, mantendo mesmo algumas carvalhos com a copa totalmente verde).
O que interessa relevar é que estas fotografias não mostram a vitalidade do que está debaixo do chão e que, seguramente, se manifestará daqui a alguns meses.
Nessa altura traremos outras fotografias, para ilustrar a força da natureza e a sua capacidade de reagir a fenómenos extremos.

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